No dia 11 de Setembro, a Rádio Caruncho FM Livre de Cachoeira do Sul vai integrar a rede rádios livres e libertárias que vão transmitir o programa especial sobre os 40 anos do golpe militar no Chile. A transmissão será realizada pela Zinzine, uma rádio livre da comunidade de Pays d’Aix, situada ao norte-nordeste da França.
O programa Nuestra America será transmitido às 13h no horário de Brasília, até cerca das 19h nos idiomas Francês, Espanhol e Português.
Assembleia Popular Permanente de Cachoeira do Sul, realizada no dia 20 de Julho de 2013, no Bairro Marina. Encontro temático sobre mobilidade urbana e transporte público.
A quem pertence a cidade?
Entendemos a cidade como um organismo vivo em constante mudança e evolução. A cidade não é apenas um aglomerado estático, imune as transformações econômicas, sociais e culturais. Pertencer a uma cidade envolve a apropriação dos significados de viver coletivamente. A cidade também e um ecossistema e deve ser tratada com cuidado, a fim de garantir a qualidade de vida e saúde a população. Em tempos de alta-modernidade, o modelo de mobilidade urbana vive um esgotamento com o uso indiscriminado de automóveis, uma prática que expõe uma visão individualista do mundo, de consumo como meta de vida e que perpetua as estratégias de dominação do grande capital.
Desta forma, nos reunimos hoje para propor uma visão de cidade humanizada que priorize o direito e o acesso a cidade em todas as suas formas de mobilidade. Garantir o acesso a cidade é compreender que o transporte é um bem público, serviço básico essencial assim como a saúde, a educação e a segurança. Tal como esses serviços, fruto de nossos impostos, o transporte deve ser universal, gratuito e de qualidade. Para a efetividade destas demandas exigimos revisão do regime de concessão, transparência na prestação de contas, fiscalização dos serviços e maior controle social.
A cidade que queremos é um espaço humanizado que inclua o acesso a deficientes em todos os órgãos públicos, as estruturas urbanas tais como ruas, calçadas e estabelecimentos comerciais, de forma autônoma. Nosso modelo de cidade e mobilidade urbana é aquele que proporciona o livre direito de ir e vir sem a necessidade de pagar a locomoção para trabalhar, ir à escola, procurar atendimento médico ou simplesmente buscar opções culturais e de lazer.
Defendemos a imediata implantação de um sistema cicloviário, contemplando um plano diretor de mobilidade urbana e projetos que garantam a autonomia de toda população, independente da adoção dos modais de transporte.
Abaixo seguem as reivindicações desta assembleia popular:
Ciclovia do trabalhador, já!
Instalação de paraciclos e bicicletários públicos em escolas, praças, biblioteca municipal e estabelecimentos comerciais;
Projeto de implementação de um calçadão na Rua Sete de Setembro e criação de espaços de lazer;
Acessibilidade Universal em órgãos públicos para deficientes;
Curso de formação para motoristas profissionais (motoristas de ônibus, taxi, do setor público e privado), de como lidar com os ciclistas.
Municipalização do transporte público;
Fiscalização do Transporte Público por parte da prefeitura; Cumprimento de rotas, horários e demais termos do contrato. A empresa deve ser multada nos casos onde houverem infrações;
Transparência de custos da empresa; publicação de planilha de custos, salários, lucros, etc…
Fiscalização da rota do transporte interdistrital, uma vez que as rotas contratadas (licitadas) não está sendo cumpridas;
Exigimos respeito dos motoristas com o código de trânsito brasileiro e maior rigor da fiscalização;
Em assembleia popular realizada no dia 29 de junho de 2013 em Cachoeira do Sul, a Rádio Caruncho FM Livre realizou o registro em áudio das falas, encaminhamentos, diretrizes e propostas do evento.
Desde o surgimento dos grandes meios de comunicação (Jornal, Rádio, TV, e agora Internet) percebemos o impacto politico/social/cultural que é eles estarem nas mãos da Classe Dominante, sendo um dos meios de legitimação do seu poder, e sabendo disso o povo organizado sempre fez questão de criar seus próprios meios de contrainformação, tendo sempre o Estado e a Classe Burguesa como seus principais obstáculos, sendo reprimidxs ou mortxs todxs que ousam auto organizar sua comunicação.
Mesmo assim a cada dia que passa mais pessoas tem acreditado que podem elas mesmas construir seu próprio meio de comunicação e dessa forma contribuir para a organização e luta popular. É nesse contexto que a Rádio Cordel Libertário Nasce e Resisti durante esse 1 ano, com todas as dificuldades de um meio de comunicação autogestionário, mas também com toda a alegria de cada vez mais ser uma Opção Libertária e Anarquista não só aos meios de comunicação burgueses mas também a esquerda autoritária.
O Mérito desse 1 ano da Cordel Libertário não é somente do Coletivo Autogestor da Rádio, mas principalmente de todo mundo que contribuiu e contribui até hoje de todas as formas possíveis para fortalecer os meios de comunicação libertário e anarquista, desde os periódicos anarco-sindicalistas do inicio do século XX, o surgimento dos zines na década de 80 até as Rádios Livres e Libertárias (seja através de transmissor ou somente WEB) do século XXl.
E é por isso que nessa Quinta-Feira22/03 as 21:10 nessa transmissão especial convidamos integrantes de rádios livres e libertárias de vários lugares do Brasil (e também parceiros da Cordel) para conversarmos sobre meios de contrainformação nos dias de hoje.
Também Haverá o Debate: Quais as principais dificuldades para criar e manter uma Rádio Livre e Libertária atualmente no Brasil, e qual a importância delas na Organização e Luta Libertária e Popular?.
Nesta quinta-feira, 21h, a Rádio Caruncho FM Livre, de Cachoeira do Sul, tem o prazer e o orgulho de integrar junto com a Rádio Cordel Libertário, de Salvador, a rede de rádios livres e libertárias na transmissão desse bate-papo interessantíssimo e importante para nossa sociedade.
Rompendo fronteiras: construindo mídias rebeldes
Comunicação é importante para qualquer organização, a questão que vemos poucas análises e reflexões da realidade de forma libertária, e de certo modo ficamos reféns dos meios de desinformação.
Por isso o programa “ROMPENDO FRONTEIRAS: Construindo Mídias Rebeldes“, tem o objetivo de construir um debate/reflexão em torno deste tema e resgatar, relembrar, criar diversas formas de comunicação e assim descentralizar essa difusão e diálogo libertário de maneira autogestionária, onde possamos ser nós mesmxs aquilo que acreditamos pelo processo de auto-educação e assim construirmos uma longa rede de comunicação libertária/anarquista.
Comunicação e Organização são coisas que se complementam, entendemos a rádio cordel e outros espaços de comunicação libertária como um campo fértil para se construir e fortalecer organizações libertárias/anarquistas, rompendo e desconstruindo barreiras impostas.
E para dar inicio a esse primeiro programa começaremos debatendo o Zine, sua história e importância na comunicação libertária/anarquista, e para conversar sobre isso traremos:
Márcio Sno, fanzineiro e documentarista (Autor do Documentário “Fanzineiros do Século Passado”) de São Paulo/SP.
Companheirxs Fanzineirxs do Squat Korr-Cell de Blumenal-SC.
Também teremos o debate: “Até que ponto a internet aumentou nossa comunicação e diminuiu nossa independência? E qual o papel dos zines como um meio de comunicação libertária e anarquista hoje em dia? ”
Na tradição popular, as marchinhas de carnaval costumam fazer sátiras políticas da situação do povo brasileiro. Faz alguns anos que a mídia corporativa iniciou um processo de “resgate” das marchinhas, realizando concursos diversos, sendo em sua grande maioria do tipo “chapa branca”, omissos com os verdadeiros anseios das pessoas.
Não é nenhuma novidade que no carnaval o povo vai a forra, veste máscara de presidente, corta o bigode do sarney, satiriza os caros bufes na coxinha da madrasta, faz marchinha pra estação… Esse ano a ministra da cultura recebeu essa homenagem toda especial. Convenhamos, ela merece!
Tomara que Caia (Versão Ministra Ana de Hollanda)
Autor desconhecido
A Ministra da Cultura, já não sai no carnaval,
pois tem medo de altura, se cair vai pegar mal.
Lá da sua cobertura, ela acena e da tchau!
Goza com cá com a contra-cultura e é contra ditadura, disse isso num jornal. (2x)
Ana Caiana, mas Ana não cai…
E o caldo engrossa todo ano, e a gente continua, nesse cai-não-cai.
E o caldo engrossa todo ano, e a gente continua, nesse vai-não-vai.
Ela está muito por fora, das raízes do Brasil,
que saudades que meu, de escutar Gilberto Gil.
Quanto aos pontos linha-dura, ela joga pá-de-cal.
Com a barriga ela empurra, burocracia é burra, eu só cumpro o meu papel.
Com a barriga ela empurra, burocracia é burra, eu só cumpro o meu papel.
Ana Caiana, mas Ana não cai…
E o caldo engrossa todo ano, e a gente continua, nesse cai-não-cai.
E o caldo engrossa todo ano, e a gente continua, nesse vai-não-vai.
Analógica não gosta, da cultura digital,
essa coisa de pirata, vagabundo e marginal.
Por isso é que ela defender, o direito autoral.
Para autores de gravata, nos despacha e contrata diretores com aval.
Para autores de gravata, nos despacha e contrata diretores com aval.
Que desbunde, que maldade, com a ministra do ECAD,
que só falta com a verdade já não vai pra trás das grades.
que só falta com a verdade já não vai pra trás das grades.
Mas já querem que ela saia, e o coro engrossa a vaia.
Esse ano na avenida, o modelito pra cultura é um tomara que caia.
Esse ano na avenida, o modelito pra cultura é um tomara que caia.
Minha santa puta que pariu, que saudades que me deu, de escutar Gilberto Gil.
Minha santa puta que pariu, que vontade que me deu, de chamar Gilberto Gil.
O rei da brincadeira, Momo da confusão, nas cinzas da quarta-feira, vai puxando o seu cordão.
Emenda a semana inteira, entoando a canção.
Ouça entrevista de Maikon Jean Duarte, do Movimento Passe Livre de Joinville e da Frente de Luta pelo Transporte Público, no programa Hora do Trabalhador, da Rádio Clube.
Maikon abordou assuntos como a violência policial contra os manifestantes que estão em campanha contra reajuste nas tarifas da cidade e também sobre o debate principal em torno do transporte como um direito, gratuito e de qualidade.
Dando início a série de programas especiais contra o monopólio e aumento das tarifas de ônibus em Cachoeira do Sul, a Rádio Caruncho FM Livre pediu a colaboração das rádios livres integrantes do Rizoma.
O movimento de rádio livre entende-se como um espaço popular de discussão e disseminação de informações que buscam dar voz aos problemas sociais das comunidades em que cada rádio está inserida. Com isso, o combate ao monopólio do transporte público urbano ou interdistrital é uma bandeira de luta em todo o país.
A Rádio da Juventude (89,5Mhz), uma rádio livre da cidade de São Vicente, no interior paulista enviou o programa “Se liga na ideia“, que foi ao ar no dia 21 de Janeiro de 2012 sobre o aumento da tarifa em Santos (SP).
O centro de inovação social em Cachoeira do Sul, através de seus participantes e colaboradores, adaptou um armário velho e uma porta sem uso, em uma composteira de capacidade compatível aos resíduos orgânicos gerados pela chamada “Casa Pirata”, sede do coletivo na capital do arroz.
A iniciativa partiu dos residentes da casa pirata e teve a orientação técnica do Instituto Ecopolis, através de seu vice-presidente Diego Kiefer. Confira o áudio com entrevista sobre a composteira e as atividades do Grupo Interdisciplinar Ecopolis.